domingo, 16 de dezembro de 2018

emaranhado transcendente Graceli.

uma explosão solar vai ter interferências em aparelhos eletrônicos na terra, ou uma explosão de energia dentro do planeta, ou mesmo um relâmpago vai produzir um emaranhado transcendente eletromagnético á grandes distâncias em aparelhos sobre a terra, ou seja, existe um emaranhado transcendente eletromagnético ou de raios cósmico e mésons no planeta terra.

com isto se tem um lapso de espaço [fluxos] vazios e temporais entre alguns fenômenos, mesmo uns sendo causa dos outros.

com isto se tem efeitos não-Zenão quântico, onde o movimento desaparece juntamente com a causa e interligação entre causa e efeito.

em 1957/1958 (Zhurnal Eksperimental´noi i Teoretiskoi Fiziki 33, p. 1371; Soviet Physics JETP 6, p. 1053), o físico russo Leonid A. Khalfin discutiu a ideia de que as transições entre auto-estados schrodingerianos de um átomo referidas acima poderiam ser inibidas se fossem observadas por medidas frequentes. No entanto, somente em 1977 (Journal of Mathematical Physics 18, p. 756), um estudo teórico sobre essa inibição foi desenvolvido pelos físicos indianos Baidyanath Misra e Ennackel Chandy George Sudarshan (n.1931) (naturalizado norte-americano) em um artigo intitulado The Zeno´s Paradox in Quantum Theory, e no qual eles mostraram que as transições espontâneas ou induzidas entre estados quânticos de um dado sistema devido a frequentes medidas permanecem inibidas por um dado intervalo de tempo, isto é, o sistema permanece “congelado” no estado inicial. Ainda em 1977 (Physical Review D16, p. 520) e, posteriormente, em 1982 (Physics Letters B117, p. 34), Misra e Sudarshan, agora com a colaboração de C. B. Chiu voltaram a discutir esse efeito, desta vez, examinando a evolução de um sistema instável, como o decaimento do próton (p). Esse mesmo estudo foi realizado por Khalfin, também em 1982 (Physics Letters B112, p. 223). É interessante registrar que esse efeito de “congelamento no tempo” do estado inicial de um sistema físico examinado por Misra e Sudarshan, sob o ponto de vista quântico, foi denominado por eles de Efeito (Paradoxo) Zenão Quântico (EZQ), em analogia com o “paradoxo da flecha” discutido pelo filósofo grego Zenão de Eléia (c.500-f.c.450), para demonstrar que o movimento não existia. Com efeito, Zenão raciocinou que uma flecha em movimento ocupa sempre um lugar igual a si própria. Ora, se ela ocupa sempre um espaço igual ao seu tamanho, ela está sempre parada (“congelada”) e, portanto, o seu movimento é uma ilusão. Observe-se que o EZQ efeito foi também denominado de watched-pot effect (“efeito da panela observada”), em analogia com o que ocorre quando uma panela fechada que está fervendo deixa de ferver quando ela é destampada. Isso ocorre em virtude de haver diminuição de vapor de pressão. Observe-se ainda que existe um caso particular do EZQ, conhecido como watchdog effect (“efeito do cachorro observado”), mas que se aplica a uma inibição que ocorre na interação (unitária) entre o objeto que está sendo observado e o aparelho que faz a observação, isto é, ele representa a supressão da resposta de um objeto quântico quando a observação é monitorada continuamente. [Ishwar Singh and M. A. B. Whitaker, Role of the Observer in Quantum Mechanics and the Zeno Paradox (American Journal of Physics 50, p. 882, 1982); Gennaro Auletta, Foundations and Interpretation of Quantum Mechanics: In the Light of a Critical-Historical Analysis of the Problems and of a Synthesis of the Results (World Scientific, 2001); Osvaldo Pessoa Junior, Conceitos de Física Quântica (Editora Livraria da Física, 2003); en.wikipedia.org/Zeno_Paradox]. Ainda segundo o verbete acima referido, desde a proposta do EZQ, algumas experiências foram realizadas para testar a influência do observador em sistemas quânticos instáveis e que apresentam um pequeno desvio temporal [devido ao tunelamento quântico (ver verbete nesta série)] na lei do decaimento exponencial. Nesses períodos nãoexponenciais, há uma inibição (“congelamento”) do decaimento do sistema. Quando nesses períodos há uma intensificação do decaimento, diz-se que ocorreu um Efeito Anti-Zenão Quântico (EAZQ). Por exemplo, em 2001 (Physical Review Letters 87, p. 040402), M. C. Fischer, B. Gutiérrez-Medina e Mark G. Raizen, na Universidade do Texas, em Austin, observaram os efeitos EZQ e EAZQ em um sistema quântico instável, de acordo com o que foi inicialmente proposto por Misra e Sudarshan. Eles prenderam átomos de cálcio (20Ca) ultrafrios em uma rede opticamente acelerante e mediram a perda devido ao processo de tunelamento quântico, desacelerando o sistema e, portanto, parando o tunelamento. Em 2006 (Physical Review Letters 97, p. 260402), Erik W. Treed, Jongchul Man, Micah Boyd, Gretchen K. Campbell, Patrick Medley, Wolfgang Ketterle (n.1957; PNF, 2001) e David E. Pritchard, no Massachusetts Institute of Technology (MIT), observaram a dependência do EZQ sobre a medida de pulsos eletromagnéticos. Em janeiro de 2009, o físico indiano Mukund Vengalattore foi para o Physics Department da Cornell University, trabalhar no Laboratory of Atomic and Solid State Physics e montar um laboratório para estudar a Física Atômica Ultrafria (UltraCold Lab) visando o controle quântico por imagem (tunelamento) de uma rede de átomos ultrafrios (“átomo primordial”) usando técnicas (ópticas) espectroscópicas atômicas. Em 24 de setembro de 2014 (Physical Review A90, no. 033422), ele e os físicos Yogesh Sopanrao Patil, Srivatsan K. Chakram e L. M. Aycock apresentaram o resultado de uma experiência na qual demonstraram a possibilidade de obter a imagem não-destrutiva (“congelamento”) de uma rede gasosa de bósons (partículas de spin inteiro) ultrafrios. De posse dessa técnica, Vengalattore, Patil e Chakram, em novembro de 2014 (arXiv:1411.2678v1[cond-mat.quant-gas]; Physical Review Letters 115, no. 140402, 02 de outubro de 2015) encontraram uma primeira evidência do EZQ, ao realizarem o controle do tunelamento quântico de uma rede gasosa ultrafria, realizando repetidas imagens dessa rede. Com efeito, nessa experiência, eles resfriaram um gás contendo cerca de 106 de átomos de rubídio (37Rb) (“átomo primordial de Rb”), no interior de uma câmara de vácuo em uma temperatura da ordem de 10-9 K e suspenderam aquele “átomo” com laser. Como nessa temperatura o componente da velocidade em uma dada direção (vx) é quase nula, então, de acordo com o Princípio de Incerteza de Heisenberg (1927) [  (vx)  . (x)   h/(2π m), onde h = constante de Planck, o que significa dizer que x e vx não podem ser medidos simultaneamente], há muita flexibilidade em sua posição (x), de modo que quando o “átomo primordial” é observado (“olhado”) ele pode estar praticamente em qualquer lugar. Assim, eles conseguiram suprimir o tunelamento quântico (mudanças de posição) meramente observando o “átomo primordial de Rb”. Então, quando se “olha” para ele, ele parece estar “parado”, quando se interrompe a medição (“olhada”), ele volta a tunelar. Como isto foi feito repetindo rapidamente as medições, o que fez diminuir a probabilidade de o “átomo primordial” sair do lugar e, portanto, segundo os autores, provavelmente comprovando (!?) o EZQ. (Inovações Tecnológicas, 03/11/2015).

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