emaranhado transcendente Graceli.
uma explosão solar vai ter interferências em aparelhos eletrônicos na terra, ou uma explosão de energia dentro do planeta, ou mesmo um relâmpago vai produzir um emaranhado transcendente eletromagnético á grandes distâncias em aparelhos sobre a terra, ou seja, existe um emaranhado transcendente eletromagnético ou de raios cósmico e mésons no planeta terra.
com isto se tem um lapso de espaço [fluxos] vazios e temporais entre alguns fenômenos, mesmo uns sendo causa dos outros.
com isto se tem efeitos não-Zenão quântico, onde o movimento desaparece juntamente com a causa e interligação entre causa e efeito.
em 1957/1958 (Zhurnal
Eksperimental´noi i Teoretiskoi Fiziki 33, p. 1371; Soviet Physics JETP 6, p.
1053), o físico russo Leonid A. Khalfin discutiu a ideia de que as transições
entre auto-estados schrodingerianos de um átomo referidas acima
poderiam ser inibidas se fossem observadas por medidas frequentes. No
entanto, somente em 1977 (Journal of Mathematical Physics 18, p. 756),
um estudo teórico sobre essa inibição foi desenvolvido pelos físicos
indianos Baidyanath Misra e Ennackel Chandy George Sudarshan (n.1931)
(naturalizado norte-americano) em um artigo intitulado The Zeno´s
Paradox in Quantum Theory, e no qual eles mostraram que as transições
espontâneas ou induzidas entre estados quânticos de um dado sistema
devido a frequentes medidas permanecem inibidas por um dado intervalo
de tempo, isto é, o sistema permanece “congelado” no estado inicial.
Ainda em 1977 (Physical Review D16, p. 520) e, posteriormente, em 1982
(Physics Letters B117, p. 34), Misra e Sudarshan, agora com a colaboração
de C. B. Chiu voltaram a discutir esse efeito, desta vez, examinando a
evolução de um sistema instável, como o decaimento do próton (p). Esse
mesmo estudo foi realizado por Khalfin, também em 1982 (Physics Letters
B112, p. 223). É interessante registrar que esse efeito de “congelamento
no tempo” do estado inicial de um sistema físico examinado por Misra e
Sudarshan, sob o ponto de vista quântico, foi denominado por eles de
Efeito (Paradoxo) Zenão Quântico (EZQ), em analogia com o “paradoxo da
flecha” discutido pelo filósofo grego Zenão de Eléia (c.500-f.c.450), para
demonstrar que o movimento não existia. Com efeito, Zenão raciocinou
que uma flecha em movimento ocupa sempre um lugar igual a si própria.
Ora, se ela ocupa sempre um espaço igual ao seu tamanho, ela está
sempre parada (“congelada”) e, portanto, o seu movimento é uma ilusão.
Observe-se que o EZQ efeito foi também denominado de
watched-pot effect (“efeito da panela observada”), em analogia com o
que ocorre quando uma panela fechada que está fervendo deixa de ferver
quando ela é destampada. Isso ocorre em virtude de haver diminuição de
vapor de pressão. Observe-se ainda que existe um caso particular do EZQ,
conhecido como watchdog effect (“efeito do cachorro observado”), mas
que se aplica a uma inibição que ocorre na interação (unitária) entre o
objeto que está sendo observado e o aparelho que faz a observação, isto
é, ele representa a supressão da resposta de um objeto quântico quando a
observação é monitorada continuamente. [Ishwar Singh and M. A. B.
Whitaker, Role of the Observer in Quantum Mechanics and the Zeno
Paradox (American Journal of Physics 50, p. 882, 1982); Gennaro Auletta,
Foundations and Interpretation of Quantum Mechanics: In the Light of a
Critical-Historical Analysis of the Problems and of a Synthesis of the
Results (World Scientific, 2001); Osvaldo Pessoa Junior, Conceitos de
Física Quântica (Editora Livraria da Física, 2003);
en.wikipedia.org/Zeno_Paradox].
Ainda segundo o verbete acima referido, desde a proposta do
EZQ, algumas experiências foram realizadas para testar a influência do
observador em sistemas quânticos instáveis e que apresentam um
pequeno desvio temporal [devido ao tunelamento quântico (ver verbete
nesta série)] na lei do decaimento exponencial. Nesses períodos nãoexponenciais, há uma inibição (“congelamento”) do decaimento do
sistema. Quando nesses períodos há uma intensificação do decaimento,
diz-se que ocorreu um Efeito Anti-Zenão Quântico (EAZQ). Por exemplo,
em 2001 (Physical Review Letters 87, p. 040402), M. C. Fischer, B.
Gutiérrez-Medina e Mark G. Raizen, na Universidade do Texas, em Austin,
observaram os efeitos EZQ e EAZQ em um sistema quântico instável, de
acordo com o que foi inicialmente proposto por Misra e Sudarshan. Eles
prenderam átomos de cálcio (20Ca) ultrafrios em uma rede opticamente
acelerante e mediram a perda devido ao processo de tunelamento
quântico, desacelerando o sistema e, portanto, parando o tunelamento.
Em 2006 (Physical Review Letters 97, p. 260402), Erik W. Treed, Jongchul
Man, Micah Boyd, Gretchen K. Campbell, Patrick Medley, Wolfgang
Ketterle (n.1957; PNF, 2001) e David E. Pritchard, no Massachusetts
Institute of Technology (MIT), observaram a dependência do EZQ sobre a
medida de pulsos eletromagnéticos.
Em janeiro de 2009, o físico indiano Mukund Vengalattore foi
para o Physics Department da Cornell University, trabalhar no Laboratory
of Atomic and Solid State Physics e montar um laboratório para estudar a
Física Atômica Ultrafria (UltraCold Lab) visando o controle quântico por
imagem (tunelamento) de uma rede de átomos ultrafrios (“átomo
primordial”) usando técnicas (ópticas) espectroscópicas atômicas. Em 24
de setembro de 2014 (Physical Review A90, no. 033422), ele e os físicos
Yogesh Sopanrao Patil, Srivatsan K. Chakram e L. M. Aycock apresentaram
o resultado de uma experiência na qual demonstraram a possibilidade de
obter a imagem não-destrutiva (“congelamento”) de uma rede gasosa de
bósons (partículas de spin inteiro) ultrafrios. De posse dessa técnica,
Vengalattore, Patil e Chakram, em novembro de 2014
(arXiv:1411.2678v1[cond-mat.quant-gas]; Physical Review Letters 115, no.
140402, 02 de outubro de 2015) encontraram uma primeira evidência do
EZQ, ao realizarem o controle do tunelamento quântico de uma rede
gasosa ultrafria, realizando repetidas imagens dessa rede. Com efeito,
nessa experiência, eles resfriaram um gás contendo cerca de 106
de
átomos de rubídio (37Rb) (“átomo primordial de Rb”), no interior de uma
câmara de vácuo em uma temperatura da ordem de 10-9
K e suspenderam
aquele “átomo” com laser. Como nessa temperatura o componente da
velocidade em uma dada direção (vx) é quase nula, então, de acordo com
o Princípio de Incerteza de Heisenberg (1927) [
(vx)
.
(x)
h/(2π m),
onde h = constante de Planck, o que significa dizer que x e vx não podem
ser medidos simultaneamente], há muita flexibilidade em sua posição (x),
de modo que quando o “átomo primordial” é observado (“olhado”) ele
pode estar praticamente em qualquer lugar. Assim, eles conseguiram
suprimir o tunelamento quântico (mudanças de posição) meramente
observando o “átomo primordial de Rb”. Então, quando se “olha” para
ele, ele parece estar “parado”, quando se interrompe a medição
(“olhada”), ele volta a tunelar. Como isto foi feito repetindo rapidamente
as medições, o que fez diminuir a probabilidade de o “átomo primordial”
sair do lugar e, portanto, segundo os autores, provavelmente
comprovando (!?) o EZQ. (Inovações Tecnológicas, 03/11/2015).
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